Os sucessivos desmontes de rocha provocados por explosivos levantam bastante poeira. Aliado a isso, o pó do minério de ferro que em alguns casos pode ser prejudicial à saúde, incomoda a população local e aumenta o risco de doenças respiratórias, conforme salientou Carlos Minc, ex ministro do meio ambiente em reunião realizada com representantes do sindicato das empresas de mineração do RS em 2010.
Lagoa Mãe-bá onde é feito o armazenamento do restante da água não utilizada do mineroduto |
Diante disso, a Samarco tem reutilizado à água do mineroduto analisado para fazer a lavagem de caminhões carregadores. Umectar as vias e dispersar a poeira advinda do desmonte de rocha são outras das formas encontradas pela empresa para solucionar o problema.
As áreas replantadas por exigência ambiental ou por medida de compensação de impacto, também são irrigadas utilizando à água descartada do mineroduto.
Porém, essa medida encontrada pela empresa como forma de reutilização é bastante questionada pelo deputado Rogério Corrêa do PT, membro da comissão de meio ambiente e desenvolvimento sustentável da ALMG.
Segundo ele, essa forma de reutilizar um recurso cada vez mais escasso, é antiquada e atrasada, visto que pouco ou quase nenhum benefício traz a população local que sofre com os efeitos negativos de um sistema degradante e ineficaz.
O deputado completa dizendo: “Isso só faz aumentar o lucro obtido pelos empresários do ramo, que se aproveitam da ausência de uma legislação mais firme para o setor, investindo insuficientes recursos, de modo a burlar as poucas exigências legais.
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