Sabe-se que uma planta de beneficiamento de minério consome grande quantidade de energia elétrica. Para os processos de britagem, peneiramento, fragmentação e moagem ela é indispensável.
Segundo anunciou o conselho de administração da Samarco mineração, em seu balanço anual de investimentos em sustentabilidade (2012), a empresa prevê a construção de torres de transmissão e geração de energia reutilizando a água do mineroduto.
De acordo com o que explica Ricardo Vescovi de Aragão, diretor-presidente da mineradora, isso seria feito com o intuito de alimentar as unidades de Anchieta (ES) e Mariana (MG), objetivando a certificação ISO da empresa e visando a diminuição da captação de água do Rio Piracicaba.
Desse modo, a água que é separada do sólido por meio de filtragem, passaria por um processo de tratamento em uma estação, sendo depois decantada e armazenada num reservatório. Posteriormente, a mesma serviria como matéria prima para geração de energia elétrica que abastecesse toda a planta de beneficiamento de minério das unidades em questão.
Quanto a viabilidade do projeto, o mesmo seria implementado concomitantemente a construção de um mineroduto e em parceria com as empresas geradoras de energia. O processo seria semelhante ao de uma usina hidrelétrica, uma vez que a água seria bombeada de forma que ganhasse energia cinética suficientemente alta para acionar as turbinas, que por sua vez movimentariam um gerador.
A grande discussão sobre o assunto, segundo explica o diretor- presidente da Samarco, seria se a quantidade de água que chega até o destino final do mineroduto supriria essa demanda, bem como o ônus que a empresa terá com a construção da infraestrutura necessária sem qualquer ajuda do poder público.
O Departamento jurídico da empresa está mobilizado de modo a sanar todas as exigências legais que competem a outorga dos projetos ora estagnados da mineradora, explica ele.
Terminal de carregamento no porto de Ubú - ES |
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